Entrevista Sté Mendonça Vice-presidente Alvorecer

Porque você escolheu estudar na Poli e fazer engenharia de produção?
Eu queria, desde o início, um curso que me permitisse trabalhar com empresas ou ter um próprio negócio, que me ensinasse de empreendedorismo e de toda essa área abrangente. Então, fui pesquisar quais cursos que eu poderia fazer para que pudesse trabalhar na área que eu gostaria. Lembro que na pesquisa apareceu 10 cursos e, dentre eles, apareceu engenharia de produção. Eu falei: “Nossa, que legal! Uma engenharia que tem a ver com a área que eu gosto, que eu tenho interesse de trabalhar.” E foi onde eu pesquisei mais afundo sobre esse curso e vi que tinha exatamente a ver com os meus objetivos e com o que almejava para o meu futuro, e então escolhi ele, e hoje tenho a certeza que não tem curso melhor para mim, gosto muito de produção.
E a Poli foi porque meu sonho era entrar na USP e estudar no campus da capital. Estudei em ETEC e depois que eu terminei o terceiro ano, falei: “vou ter que fazer um cursinho para conseguir passar na USP, e realizar meu sonho.” Ai eu fiz cursinho popular, na USP de Ribeirão Preto, que é mais próxima da minha cidade no interior. E aí foi onde eu consegui entrar na Poli.
 
O que você enxerga como grande diferencial da Poli para outras escolas de engenharia?
Tenho experiência nessa questão. Após meu cursinho em 2017, eu não passei de primeira na Poli, passei em uma faculdade particular de Ribeirão Preto com 100% de bolsa, a UNAERP. E eu senti uma enorme diferença de uma faculdade particular para uma faculdade pública. Na particular, não é abordado nem metade do conteúdo que é abordado na pública. Por consequência e claro, é mais fácil de passar, sofremos menos com questão de nota e saúde mental. A Poli coloca muito mais conteúdo sobre a gente, abordando muito mais coisas com maior grau de dificuldade e profundidade, tem uma diferença gigantesca, em carga horária e créditos também. A Poli é a melhor faculdade de engenharia da América Latina, porém tem suas consequências.
Ademais, a Poli oferece muitas coisas que vão além da graduação, né? Grupos de extensão, esportes e muito mais coisas fora das aulas; Podemos usufruir de uma bagagem de formação enorme fora das aulas e isso acrescenta muito em todas as áreas da nossa formação acadêmica, tanto como indivíduo e cidadão, traz para a gente uma vivência e um convívio universitário enorme, o que é bem importante e é questão de permanência também.
 
Como foi o seu processo de adaptação ao EAD?
Eu confesso que prefiro presencial, sinto falta da vivência universitária. Mas, falando do processo de adaptação em si, primeiramente voltei pra casa da minha família. Foi uma mudança repentina, mas não tão brusca para mim devido a isso. O que eu mais sinto falta é da vivência universitária mesmo. Tenho um ambiente legal de estudos por aqui também.
Em relação a provas e trabalhos. Bom, esse semestre, principalmente, em questão de trabalhos, a quantidade aumentou muito e exercícios para entrega também ao comparar do presencial que não eram tantos. E em relação às provas, as questões estão bem mais difíceis e trabalhosas também.
 
O que você acha do ensino na sala de aula?
Na Poli, o que eu mais senti dentro da sala de aula e em algumas matérias, foi a falta de didática em algumas aulas. Como também, o ensino que é muito difícil, muito denso, tem pouco tempo de estudo, para muito conteúdo. Eu acho que eles colocam uma carga muito grande de conteúdo para a gente para pouco tempo. Mas, consigo aprender por meio das monitorias, quando o pessoal se reúne para estudarmos juntos e por meio de plataformas de aulas, como a Estudar e o Respondeaí.
 
Quais são os problemas que você identifica dentro da Poli?
O principal, para mim, é a falta de didática em algumas aulas como já mencionei. Permanência estudantil e a questão da saúde mental.
 
Qual o seu lugar favorito dentro da Poli?
É o CAEP, porque eu fui do meu centro acadêmico. Meu cantinho de refúgio na poli, vivi muito lá ano passado. Foram as primeiras pessoas que me acolheram. E minhas amigas também, a maioria é do CAEP, a maioria foi pro CAEP e foi a partir disso também que eu entrei. Eu gosto muito da Cris e do Osni. Do espaço físico do CAEP, eu gosto daquela parte que fica em cima da xerox, o mezanino, é o espaço que eu mais gosto. A gente costuma ficar bastante no nosso tempo livre lá, seja estudando, descansando, tocando instrumento, escutando música e tudo mais.
 
Qual foi a sua matéria preferida? E qual foi a mais difícil?
Minha matéria favorita foi Introdução à Economia, pois foi uma matéria que tinha a ver com o que eu busco para mim, com o que eu quero trabalhar e com o que eu busco para a minha carreira. Tinha interesse em aprender mais de economia também e gosto de aprender as matérias que eu vou usar para mim. Eu me interessava por micro e macroeconomia e eu não tive isso no meu Ensino Médio e era uma parte que eu queria aprender mais afundo e que me interessava muito. E, de mais difícil, acho que todas as outras [risos]. A mais difícil, atualmente, que estou fazendo é mecânica dos fluídos.
 
Quais são suas expectativas para o ano que vem? E para daqui a cinco anos?
Por eu ter sentido na pele como é ser um aluno de escola pública na Poli, como é precisar de ajuda e o papel que as entidades estudantis tiveram para mim nisso. Quero poder ajudar muito os alunos, da mesma maneira que tive a ajuda do CAEP e do Grêmio no ano passado.
O Grêmio, é uma entidade muito grande na Poli e que tem um impacto gigantesco na vida dos alunos. Minha expectativa principal é ajudar. Ajudar bastante os alunos, eu quero influenciar bastante a vida das pessoas na Poli. Eu quero integrar todos, eu quero mostrar o que tem de legal fora das aulas, os grupos de extensão e tudo mais. Eu quero ajudar as pessoas psicologicamente, tentar dar o maior apoio possível para todo mundo, pois tive esse apoio ano passado, quando eu entrei e foi crucial para mim. Eu não quero que mais ninguém tenha problemas psicológicos, essa carga pesada que caiu em cima de mim, eu quero amenizar tudo isso na vida dos bixos que vão entrar agora. Está meio incerto ainda se vai ser presencial ou ead semestre que vem. E, se for ead, o meu intuito é sempre manter uma boa comunicação com os bixos e fazer o mesmo. Quero atender todas as demandas deles e passar para os professores da melhor maneira possível.
Para daqui a 5 anos, primeiramente, eu espero estar formada, trabalhando em um lugar que eu goste e sendo reconhecida pelo o que eu faço. Eu tenho muita vontade de trabalhar com consultoria agora, eu descobri isso esse ano, quero entender um pouco mais de projetos e de melhoria de empresas.
 
Qual a grande importância do Grêmio ara você?
Primeiramente, a representação discente, a permanência estudantil e ajudar a impactar a vida dos alunos. As coisas não mudam se a gente não for atrás de mudar elas. E, o Grêmio tem que ser esse espaço estudantil para os alunos. Espaço de mudança e de acolhimento.
 
Qual foi sua principal motivação para se candidatar ao Grêmio?
Ajudar, da mesma forma que eu fui acolhida pelo Grêmio e pelo CAEP. Eu quero fazer o mesmo e, se puder, fazer até mais por todos na poli. Uma outra motivação é de querer sempre me manter politizada, participar e fazer esse tipo de discussão dentro do ambiente acadêmico. Tornar também, a poli um lugar mais inclusivo que atenda a demanda de todos os alunos em todos os âmbitos dentro da poli.
 
Você quer dizer algo para os nossos leitores?
Eu gostaria de ressaltar a importância do Grêmio, e de os alunos participarem do processo eleitoral. O Grêmio tem um papel essencial dentro da Poli e um impacto muito grande na vida dos alunos e por isso é fundamental que todo mundo conheça as chapas e o que elas pensam pro Grêmio. Acho que as chapas são muito diferentes e tem visões de qual o papel da entidade bastante diferentes. A nossa chapa acredita num Grêmio próximo dos estudantes e que impacte diretamente sua vida e garanta que possam se manter na Poli. Cada vez fico mais impressionada com o impacto que os projetos realizados pelo Grêmio e o impacto que a representação discente pode ter na vida dos estudantes e como podem ser decisivos para sua Permanência ou não.
Por isso, quero frisar mais uma vez a importância de que todos se inscrevem para votar nas eleições do Grêmio e quero também convidar todo mundo para conhecer a Chapa Alvorecer e dizer qualquer dúvida ou sugestão, eu estou a disposição.
 
Roberto Araújo
Engenharia Civil, 3°ano
Thalissa Reis,
Engenharia de Produção, 1°ano

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