O Politécnico viu: A Garota Dinamarquesa

Baseado no romance de David Ebershoff, o filme A Garota Dinamarquesa (2015) é uma ficção baseada na história real de um casal de pintoras, Lili Elbe e Gerda Wegener. A obra se passa na década de 20, na Dinamarca e tem seu início quando Gerda pede ao marido para que pose para uma de suas telas vestido com roupas femininas, sendo este o estopim para Einar Mogens Wegener comece a trajetória para o entendimento de seu gênero. Assim, no decorrer do filme nos é mostrada a transição de Einar para a sua verdadeira identidade, Lili Elbe, além das mudanças em seu casamento com Gerda. Desse modo, A Garota Dinamarquesa retrata, de forma adaptada, a história de uma das primeiras pessoas transgêneras que se tem relato a se submeter a cirurgia de redesignação sexual.

Verônica Emerick,
Engenharia Mecânica, 2º ano.


Muito embora o filme seja bem dirigido e filmado, com um roteiro que permite o desenvolvimento das personagens adequadamente, a trama não prende. Somos entregues a uma história repleta de repetições, enquanto pontos importantes da história de Lili são pouco abordados ou ignorados. O filme consegue captar a total atenção de quem assiste apenas na última meia hora, quando Einar deixa de existir de vez. Porém é importante ressaltar que Tom Hooper preenche o filme de cenas singelas de compreensão não tão imediata (como o incômodo que Einar/Lili sente quando Gerda está cortando cenoura) o que causa uma atenção redobrada para não perder os detalhes.

Ainda assim, A Garota Dinamarquesa, talvez por seu elenco tão bom — os dois atores dos papéis principais, Eddie Redmayne (Lili) e Alicia Vikander (Gerda), foram indicados ao óscar e Alicia ganhou naquele ano — é um ótimo filme e que representa, posto que imprecisamente, a história de uma mulher trans cuja luta tentou-se esconder. A cumplicidade entre as duas garotas dinamarquesas do filme é o ponto alto do filme, deixando todas as cenas em que elas contracenam as mais instigantes.

Nota: 8
Arthur Belvel,
Engenharia Mecânica, 2º ano.

Algo que chamou a atenção é o começo que apresenta como uma “brincadeira” entre Gerda, Einar com a Lili, como se fosse um personagem cômico criado pelo casal, mas, com o passar do tempo, com o passar do tempo temos diversamente conflitos, como da Lili descobrindo sal sexualidade e da Gerda presa ainda a figura de Einar e do casamento.

Outro ponto é o preconceito da sociedade em diversos níveis, dês das reações de desprezo de pessoas até a visão do cientista que o problema fosse hormonal, muito disso é apresentada de forma sútil e natural, e, mesmo com o desenvolvimento da sociedade, muitos disso é ainda presente nos dias de hoje.

O principal problema do filme, na minha opinião, é certas cenas que não são apresentadas e poderiam agregar mais ao filme, exemplo disso é a Gerda que, mesmo com o desenvolvimento da personagem, o desejo de manter a relação como casal pareceu pouco forçado, pois, como dito no início, já é representado esta relação no tom cômico, talvez se iniciasse mostrando o início como casal de forma rápida. Termino me perguntando se seria melhor mais tempo, uns 30 minutos, para desenvolver mais pequenos pontos ou ficaria muito pesado para o público.

Nota: 8,8
Maikon Semelewicy,
Engenharia Civil, 4º ano.


A particularidade de dividir uma descoberta com alguém é, por si só, um momento único e especial. Talvez, essa particularidade só não seja maior que dividir consigo mesmo uma nova descoberta sobre si. A Garota Dinamarquesa aborda diversas questões sobre amor, autoconhecimento e aceitação. Porem, para mim, a questão principal do filme é sobre lealdade, lealdade entre casais, amigos e principalmente de si, com suas vontades e existência.
Ao abordar um processo de autoconhecimento e descobrimento, o filme nos mostra a emocionante luta da protagonista em buscar sua essência, e de sua esposa em apoiar a felicidade de sua companheira.

Nota: 8
Roberto Ortega,
Engenharia Civil, 4º ano.

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