O Politécnico viu: Kung Fu Panda

O filme Kung Fu Panda traz a história de Po, um panda designado a ser o “Dragão Guerreiro”. Apesar de ser um grande sonho para ele ser um mestre de kung fu, essa designação é acompanhada por inseguranças e uma grande jornada de dedicação para salvar o seu povo. No fim, o que em um primeiro momento parecia uma trajetória para desenvolver as práticas de Po em artes marciais acaba se tornando uma grande história de autoconhecimento e superação.
 
Num primeiro momento você pode acreditar que Kung Fu Panda é só mais um filme de animação facilmente esquecido. Te digo que não, Kung Fu Panda é um dos melhores filmes de animação já feitos, com um ótimo roteiro, alta qualidade, piadas certeiras e uma baita mensagem. Po, um panda desajeitado e deslocado, percorre a clássica jornada do herói. Superando seus medos, se descobrindo e se tornando a chave para salvar a China de uma ameaça (ele bem que podia ajudar a gente nesse momento).
Através de um cenário de artes marciais, Po é designado para ser o Dragão Guerreiro, cargo que, aparentemente, não condiz com ele. Todavia, é sendo ele mesmo, com suas qualidades e principalmente seus defeitos, que ele consegue arrumar forças para ajudar seus amigos e familiares. Kung Fu Panda é um clássico da animação que merece ser visto e apreciado.
PS: As cenas de Po com seu pai pato, Sr Ping, são hilárias e cheias de emoção. Além disso, as cenas com o mestre Shifu quase sempre são puros ensinamentos e poesia.
 
Nota: 9
Roberto Ortega,
Engenharia Civil, 4º ano.
 
Já havia passado tanto tempo que não lembrava direito como era a história, apenas que o panda (Po) tinha um pai pato e era ruim no kung fu. Também me lembrava que era um filme divertido. Depois de reassistir, posso dizer que a trama de Kung Fu Panda agora tem uma nova cara para mim e, principalmente, não recomendaria esse filme para ninguém.
Logo no início, o bipedismo dos animais é um fator incômodo, já que qualquer pessoa bem informada sabe que é necessário muito reforço negativo e maus-tratos animais para que eles se locomovam dessa forma. O filme, então, dá um “show de horrores” (e não um “show de bolice”) quando apresenta aquele leopardo-das-neves, que tá mais para o Toguro do reino animal, totalmente aprisionado. O que passou na minha cabeça, imediatamente, foi: existe crime que possa justificar esse tipo de prisão? É justificável que um animal seja preso imobilizado e torturado pelos rinocerontes? A resposta é óbvia, ainda que Kung Fu Panda tente ignorar.
Ainda nesse tema, vemos que o Toguro animal (no filme chamado de Tai Lung) foi abandonado quando bebê e, em seguida, militarizado na infância pelo mestre Shifu. Não precisa ser nenhum gênio para saber que isso daria errado, deixando o pobre coitado totalmente lelé atrás de um pedaço de papel. Por fim, recomendaria para esse animal que controlasse a dose de esteroides: no longa, seu som é aterrorizante, lembrando o rugido das onças daqui do pantanal; no vídeo que busquei da espécie, entretanto, parece mais o cachorro da vizinha chorando.
 
Nota: 2 (pelo louva-a-deus do kung fu)
Arthur Belvel,
Engenharia Mecânica, 2º ano.
 
 
Quem diria que falaria sobre Kung fu Panda? Talvez uma simples animação voltada ao público infantil, com aquelas piadas bem simples e sem graça, um vilão que é do mal por conveniência do roteiro e uma lição de moral simples e fácil de entender, ao menos era que lembrava.
Ao início do filme já era nítido os clichês de uma animação, Po como um protagonista engraçado e carismático, aquele (neste caso aqueles) personagem sério e ranzinza, Tai Lung como um vilão extremamente poderoso e temido por quase todos, e mais o monte de clichês que levaria a uma página só citando, mas não pode ignorar a dedicação da equipe, dês das lutas bem coreografadas até o mundo criado a partir da China antiga.
Algo que me chamou a atenção é a relação com a figura paterna, mesmo que superficialmente temos as relações entre Po e o Sr. Ping, do Shifu com Tai Lung, primeiramente, e, depois, com a Tigresa (nenhum deles com relação sanguínea) e como impactaram nas suas personalidades, algo não comum em filmes de animação voltada ao público infantil.
No fim é uma experiencia boa entre família, pode rir das piadas, aproveitar de uma história simples e agradável sem parecer “idiota” ao assistir.
 
Nota: 7,2
Maikon Semelewicy,
Engenharia Civil, 4º ano.
 
Dizem-nos para nunca conhecermos os nossos heróis. Ou, melhor ainda, nunca revisitarmos desenhos antigos da infância.
Esse filme (e o desenho que, convenhamos, era a melhor parte da finada TV Globinho), sempre foi um dos grandes clássicos. O roteiro não escapa do padrão, também: um personagem subestimado provando ser capaz de fazer o que nunca fez; todos sendo incrédulos sobre suas habilidades; um bocado de frases filosóficas; e claro, como não poderia faltar, o personagem triunfando sobre todos os seus inimigos no final.
Mas o que realmente me chamou a atenção foi a trajetória interna do Po: a maneira que ele continua insistindo, mesmo que todos queriam que fosse embora, pois acreditava que seria capaz de melhorar o que era. Seu bom humor e “show de bolice” escondiam sua falta de confiança interna e a vontade de provar-se.
E, claro, não faltaria o clichê-mor: “não existe ingrediente secreto”. Sim, ouvimos isso dezenas de vezes por dia, desde nas mídias sociais até os desenhos infantis mais padrões. Porém, a questão que levanto é a mesma que me ocorreu em uma madrugada de domingo: realmente não acreditamos na existência do ingrediente secreto?
Caso fossemos destinados a ser o Dragão Guerreiro e olhássemos para aquele pergaminho dourado, veríamos todo o nosso potencial ou todas as nossas falhas?
 
Nota: 9 (em nome dos velhos tempos da infância e da TV Globinho)
Samira Paulino,
Engenharia de Materiais, 2º ano.
 
 
O filme, dado como infantil, acaba trazendo lados muito poéticos como mensagem e acho que esse é um dos pontos mais interessantes de rever filmes infantis quando mais “velha”, mas isso é tema de outro momento. Sobre toda a trama de kung fu o que chama atenção é como as características do personagem principal são abraçadas pela sua designação para Dragão Guerreiro, apesar de num primeiro momento parecer mais um choque para Po.
 
Ninguém espera, nem ele mesmo, que Po, desengonçado e sem muitas habilidades em artes marciais teria essa missão. Um ponto interessante nessa história é também a construção da sua confiança com relação à luta, que vem da descoberta sobre na verdade “Não ter ingrediente secreto”.
 
Acho que momentos de assumir grandes responsabilidades são acompanhados por insegurança e ele ter abraçado o “Não ter ingrediente secreto” foi um grande potencializador de sua jornada. Ele entende que suas características (e não as mudanças delas) o tornam o Dragão Guerreiro e essa é uma mensagem muito marcante para mim do filme. Que a gente saiba abraçar nossas designações e os “Não tem ingrediente secreto” desses momentos!
 
Nota: 9
Beatriz Bicudo
Engenharia Elétrica, 3º ano
 

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