O Politécnico viu: The Commitments

The Commitments é uma mistura de comédia, drama e música. O filme conta a história do surgimento e desenvolvimento de uma banda de soul, cujo nome é o título do filme, em Dublin nos anos 90.

O protagonista da história é Jimmy Rabbitte, empresário da banda. Ele, com mais alguns amigos, tenta reunir os bons instrumentistas e vocalistas pela cidade, montando assim uma equipe com inegável talento musical, mas com vários conflitos internos que afloram conforme a fama da banda aumenta. A trama do filme só se intensifica, desenvolvendo a mudança do perfil dos personagens enquanto eles experienciam o “gosto de ser um rockstar”.


The Commitments desperta e revive o seu lado juvenil, que já sonhou em algum momento (ou ainda sonha) em criar uma banda, tocar em bares e viver como um verdadeiro “rockstar”. Embora a existência de muitos personagens rasos e uma comédia de gosto às vezes duvidoso, o filme é um ótimo entretenimento e trará boas nostalgias e risadas.

O melhor ponto do filme é com certeza a trilha sonora. A banda toca vários clássicos do soul, descrito como o “ritmo da fábrica” durante o filme. Tanto as músicas que a banda toca quanto a ambientação para as cenas são surpreendentemente boas e com certeza alguma garantirá espaço na sua playlist.

O enredo do filme repete alguns padrões, mas conta com um ótimo background e um final surpreendente. Não é um filme que te fará ver o mundo de forma diferente, mas com certeza conseguira te descontrair por algumas horinhas e quem sabe trazer um novo olhar sobre a música popular (tanto a estrangeira quanto a brasileira).

Nota: 8
Rafael Varanda,
Engenharia Mecatrônica, 1º ano.


Formar uma banda é algo que quase certamente dará errado, escapam poucos entre dezenas de milhares. Misturar amizades, relacionamentos, hobby, trabalho e dinheiro de maneira tão energética é, no mínimo, arriscado. The Commitments, nesse sentido, consegue explorar muito bem como é essa dinâmica ao mostrar todas as fases desse processo.

Como Jimmy pôde perceber ao criar sua banda de soul irlandesa, sempre existirão pessoas mais e menos dedicadas, talentosas e agradáveis. Se Deco, o cantor, tinha uma voz inesquecível, também era o mais babaca. Mickah, o segundo baterista, mostrou como ter dedicação era mais importante que possuir um talento natural pro instrumento. E Joey “os lábios” provou que, mesmo tendo um talento inegável, deixar os relacionamentos se misturarem demais com a banda vai causar brigas.

Os inúmeros personagens com potencial não explorado, como o baixista, guitarrista e o tecladista (que sequer me lembro dos nomes), também evidenciam como algumas figuras vão se sobressair numa banda e, ainda que seja um erro do filme, acaba ficando bom. “Errou pra acertar”. Por fim, o fracasso da banda The Commitments, mas com posterior “sucesso” de seus membros, no fim das contas, como na música, tanto faz qual o destino: o processo (representado por todas as cenas do filme) vale mais a pena.

Nota: 7
Arthur Belvel,
Engenharia Mecânica, 2º ano.


Esse filme não é um musical, nem tenta trazer mensagens como “siga seus sonhos” ou tem um clímax em que tudo está dando errado e o protagonista consegue arrumar todos os problemas e salvar a banda. Enquanto o assistimos, há até o final a sensação de que a melhor parte ainda está por vir, e que o objetivo do filme ainda não foi cumprido. E isso não é de todo ruim, por que a maioria dos sonhos de virar famoso e estrela do rock dão errado mesmo, e sempre ficamos com a sensação do que poderia ter sido, como Jimmy, em seu banheiro se imaginando famoso e se entrevistando nesse cenário. Mesmo se passando em Dublin de 1991, os problemas dos personagens ainda são entendidos hoje em dia: o relacionamento com a família, namoro, preocupações com o futuro, brigas com os amigos, fazendo com que o filme seja divertido de ver.

Nota: 8
Beatriz Toscano,
Engenharia Ambiental, 1º ano.

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