Por Luiz Henrique Piffer Marques — Engenharia Mecatrônica, 2° ano.
A vida é essa coisa louca que nos faz levantar todo dia e ir à luta, em busca daquilo que, momentaneamente, uma ilusão nos faz crer que é felicidade. É a passagem de etapas, um amadurecimento bruto de um sistema que tem uma capacidade inimaginável. Mas pode ser outra coisa, algo mais metafísico — como disse Clóvis de Barros, a vida é dor e sofrimento! Pois não sofremos antes de nascer e provavelmente não sofreremos depois de morrer.
Porém, viver é completamente diferente. Viver é o lado bom da vida, é onde mora a verdadeira felicidade. Onde conhecemos pessoas incríveis, fazemos amigos, perdemos amigos, encontramos amores e, como uma música passageira, perdemos amores. Acho que a essência da vida repousa aqui, nas trocas e experiências que colecionamos ao longo dos anos.
Por outro lado, na mesma rua da felicidade, um vizinho sórdido também vive. A verdadeira tristeza. Sua existência é estritamente ligada com a felicidade, na teoria, um balanceamento perfeito, uma espécie de Yin e Yang. A grande ferramenta da tristeza é o medo. Ele que nos aflige nos momentos mais vulneráveis e nos limita a viver. Mas não é um limite bom, como não atravessar com o sinal verde ou se manter dentro da velocidade permitida. Não, é algo ruim. É aquilo que cerceia a nossa felicidade.
Às vezes, viver é nada mais que um esforço. Você se esforça para manter amizades e, mesmo assim, de um momento para o outro, sente elas se afastando. Você se esforça para conseguir alcançar aquilo que sonha e, por longos e longos períodos, sente que não sai do lugar. Em uma união quase que irônica, você se esforça para conquistar aquela pessoa que julga ser única e sente o medo de um possível grande amor ser incompreendido.
Mas, de tudo que já falei, não cheguei perto de citar a grande beleza da vida: a imprevisibilidade! Veja bem, nada está escrito, nada está batido e literalmente tudo pode ocorrer. É extremamente aterrorizante e desafiador. Talvez você cultive muitas pessoas ao seu lado ou viva sozinho pelo resto da sua existência. Claramente, não é justo. Claramente, é a vida…
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