Há 78 anos, em meio à ditadura varguista, o jornal O Politécnico foi fundado. Desde então, nossa publicação mudou muito. Mudamos as colunas, trocamos as capas, chegamos, até, a mudar de nome. Entre erros e acertos, desde o princípio, uma coisa não mudou e nem mudará: o nosso compromisso inexorável com a democracia.
O jornal, juntamente ao Grêmio Politécnico, entidade da qual faz parte, sempre valorizou a importância do voto e do debate na nossa sociedade. O princípio básico d’O Politécnico é, justamente, proporcionar um espaço de reflexão e de discussão sobre os mais variados temas, a partir de distintos pontos de vista, sempre com respeito e consciência.
De tempos em tempos, a História nos convoca para vivenciarmos momentos-chave, que definem o rumo que desejamos tomar dali em diante. Nas eleições de amanhã, viveremos um desses momentos.
Afinal, não decidiremos apenas (dentre tantos cargos) quem será o presidente da República pelos próximos quatro anos. Decidiremos, também, se vamos ou não renovar o nosso compromisso, enquanto sociedade brasileira, com o regime democrático e com os princípios estabelecidos pela Constituição de 1988.
Nesse sentido, Jair Messias Bolsonaro precisa sair derrotado destas eleições.
Não só ele. É imprescindível que rejeitemos incondicionalmente quaisquer candidatos que representem um risco às instituições democráticas, estejam eles disputando o governo estadual ou federal, uma cadeira no Senado ou na Câmara.
A partir de 2023, teremos uma democracia enfraquecida para reabilitar. E nós, d’O Politécnico e do Grêmio Politécnico, continuaremos do lado dela, propondo olhares críticos, defendendo a ciência, o meio ambiente e tantas outras pautas que vêm sendo completamente negligenciadas pelo atual governo. Somente assim poderemos dar adeus a este pesadelo e retomar um debate racional, sóbrio e consciente, sempre em busca de um Brasil melhor. Um Brasil mais justo. Um Brasil mais igualitário. Um Brasil, enfim, para todos.
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