Por Jobel Junior (Engenharia Elétrica, 3º ano)
Está começando o maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas, assim como a Copa do Mundo acontecendo a cada 4 anos, trazendo vários esportes aos holofotes e telas. Um evento global que ao mesmo tempo que traz visibilidade aos mais talentosos atletas de esportes que não têm tanta fama internacional, também, ano após ano, se torna um dor de cabeça para quem sedia.
Por regra do Comitê Olímpico Internacional o país sede das Olimpíadas deve fornecer espaço para as atividades dos jogos; isso inclui todos os eventos de atletismo, piscinas para todos os jogos aquáticos, espaço para as ginásticas e dormitórios para os atletas do mundo todo. Ou seja, o país precisa gastar todo o dinheiro necessário para construir todos estes locais, além de, muitas vezes, outros projetos como metrôs para locomoção das pessoas de todo o mundo, o que pesa muito nos cofres públicos. O que é dito é que todo esse gasto na verdade é um investimento, já que essas construções vão ficar depois das Olimpíadas e podem ser usados novamente, porém não é bem assim.
Só lembrarmos das Olimpíadas do Rio de Janeiro: várias das construções estão agora abandonadas, (não foi um investimento, só gasto), assim como as complicações para a limpeza da Baía de Guanabara para os jogos, muito gasto e pouco resultado. Tudo isso culminou em vários cidadãos indignados com todo esse gasto que poderia ser para a educação ou sistema público de saúde.
Agora as Olimpíadas são em Paris, que também passou por esses mesmos problemas, a limpeza do rio Sena é parecida com a limpeza da Baía de Guanabara, os cidadãos protestam contra os jogos pedindo mais investimento em educação e saúde. Mas esse texto não é contra as Olimpíadas, pelo contrário, como dito acima, é a chance de atletas em esportes não muito populares ganharem visibilidade mostrando seus esforços para ganhar uma medalha; é quando podemos torcer pelo país emocionados com as disputas. É um evento incrível, mas a pergunta que fica, até quando esse excelente evento continuará sendo manchado até que todos vão querer assistir mas ninguém vai querer organizar? Já existem ideias como de deixar toda vez para a Grécia sediar, ou algum país que já possui estrutura, mas assim perdemos o atrativo de ser um evento que todo o globo se une por uma mesma coisa. Além disso, é possível pensar em fazer o evento com várias cidades (ou, até, países) sede simultâneas… perderia-se o prestígio? Seria um sacrifício necessário para que as Olimpíadas sigam existindo de maneira viável?
Faça um comentário