Por Hoff (Engenharia Elétrica, 2º ano)
Neste ano de 2024 o Jornal O Politécnico retorna com a tradicional cobertura das eleições do Grêmio Politécnico, que ocorre nos dias 4, 5 e 6 de novembro e cujas urnas ficam abertas entre às 7:00 e 18:00, com o objetivo de exaltar o debate eleitoral e explicitar as propostas das chapas concorrentes.
Em 2024, as eleições do Grêmio contam com a chapa única Elos, e o entrevistado é o candidato à presidência da chapa, Diego Roiphe de Castro e Melo. Leia a seguir!
O que o Grêmio representa para você pessoalmente?
Pra mim, acho que primeiro de tudo, o Grêmio foi o lugar que me acolheu, principalmente na figura do Jornal, quando eu entrei na Poli. Mas eu acho que, deste ano enquanto gestão, foi um espaço que me trouxe várias possibilidades de fazer grandes coisas e de conhecer pessoas novas; muitos dos amigos que eu tenho hoje na Poli eu conheci por meio do Grêmio e o Grêmio tornou possível que a gente realizasse grandes coisas. Todo o meu trabalho tanto com o Pesquisas USP como com o Jornal foi um trabalho que eu gostei muito, que eu achei maravilhoso, e que eu acho que dificilmente eu vou ter algo igual na minha vida, foi uma experiência muito única.
Quais são os ideais da Chapa Elos, e por que você se identifica com eles?
Então, acho que há algumas coisas a serem citadas, mas acho que dentre elas, tanto o nosso ideal de transparência, de acolhimento, de engajamento num movimento estudantil mais ativo são ideais muito importantes no sentido de reestruturação do Grêmio; a gente tá indo atrás de fazer uma entidade mais participativa, que seja aberta à participação dos estudantes como um todo e que consiga acolher mais pessoas. Eu falo até pessoalmente, né, porque eu gostaria muito que mais pessoas tivessem a experiência que eu tive com o Grêmio, tivessem esse sentimento com o Grêmio; olhassem pro Grêmio com orgulho de ser essa a entidade que representa eles. Então acho que vai muito nesse sentido, também acho que um pouco de engajamento político maior, não de estar alinhado a algum partido – muito pelo contrário, é mais no sentido de estar atento às discussões políticas que estão acontecendo a nível USP e trazer pra Poli, pegar as discussões que estão acontecendo a nível Poli e levar a nível USP e transcender, até, o nível USP, né, ir pra um nível estadual, nacional; isso dialogando com outras entidades, que incluem o DCE (Diretório Central dos Estudantes da USP), UEE (União Estadual dos Estudantes de São Paulo) e UNE (União Nacional dos Estudantes). Também no sentido de transparência, acho que ter uma gestão que tenha um diálogo interno bacana, uma gestão que acolha os membros da diretoria e que tenha uma transparência interna e que também tenha uma transparência externa, e que seja uma gestão que não tenha formalismos, que tenha uma certa leveza, que seja acessível.
Qual sua principal motivação para ser presidente do Grêmio Politécnico?
Bom, eu diria que vai muito no sentido da gente ter se reunido pra formar a Chapa Elos, destacadamente eu com o Tutu, com o Trovó, com o Cesar, com o Gugars, com o Igor e com o pessoal que a gente foi chamando pra se juntar à gente, e fomos vendo como que estruturaríamos isso, porque a gente tinha essa nova ideia de fazer um novo capítulo na história do Grêmio, tanto no quesito de reestruturação quanto no de abertura da entidade. E aí nisso eu acho que foi um processo da gente se conversar e cada um ir encaixando em cada cargo, então pra mim pessoalmente, ser presidente não era uma coisa que eu pensava enquanto eu entrei no Grêmio ou ao longo desse ano enquanto diretor. Mas estando agora nessa posição, acho que vai muito de ser uma pessoa acessível, uma pessoa que as pessoas da Poli possam olhar e possam contar com, então acho que minha motivação vai muito nesse sentido, de estar atento, de estar ativo e de estar disposto tanto a receber críticas como sugestões; acho que vai muito dessa abertura e dessa vontade de continuar o trabalho que eu fiz no Grêmio na parte de Comunicação, na parte do Jornal e expandir isso junto com o pessoal dessa chapa, e eu vejo um horizonte muito bacana de trabalho, de reestruturação; a gente tá ciente dos desafios que a gente vai enfrentar, mas eu vejo isso com muita positividade. Eu vejo um cenário de um Grêmio mais próximo das outras entidades dentro e fora da Poli; um Grêmio que está no processo de restabelecimento, e eu acho que a minha motivação vai muito nesse sentido. E eu tô bem animado pras eleições, que já são nessa segunda, terça e quarta, e pra uma eventual gestão também.
Como você avalia a gestão do Grêmio deste ano? Há algo que a Chapa Elos fará de diferente? O que será mantido?
É difícil resumir em uma palavra só a gestão como um todo desse ano. Eu vi várias coisas positivas ao longo desse ano, mas também várias coisas negativas. Eu vi uma gestão interna ali que eu não achei nada positiva. Eu acho que, inclusive, gerou uma falta de engajamento por parte da diretoria; acho que houve uma falta de transparência interna em certos processos. É uma coisa que a gente quer fazer diferente; queremos uma gestão mais participativa no geral e uma gestão que seja transparente internamente, que todo mundo saiba o que tá acontecendo. Por outro lado, por exemplo, acho que esse ano teve um trabalho na parte cultural muito bacana. A SAPO acabou sexta-feira e o Cesar (Diretor Cultural) fez um excelente trabalho na parte cultural, tanto de congregar os grupos culturais como de promover uma SAPO muito bacana, uma SAPO que teve feedbacks muito legais, eventos com bastante engajamento; isso foi um ponto muito positivo. Eu gostei do trabalho na parte acadêmica também, principalmente no primeiro semestre; foi um trabalho bacana tanto no auxílio direto aos estudantes, quanto de projetos. Eu colocaria até o trabalho de acervo que a gente teve esse ano também, que o Trovó, o Tutu e o Cesinha auxiliaram – eu tive uma participação também -, tanto no sentido de ir atrás e conhecer pessoas que foram do Grêmio há tempos quanto de recuperar peças do acervo do Jornal, por exemplo; acho que isso foi um ponto positivo que deve ser mantido pro ano que vem. Só pra citar mais uma coisa, acho que o trabalho na parte administrativa, principalmente o que foi feito na parte do Poliglota, que agora tá com um alcance no Instagram muito bacana, conseguiu ter um crescimento muito legal online, conseguiu atingir novos alunos, com a política de novos descontos; acho que isso foi uma coisa muito positiva, no sentido do Poliglota alcançar novos públicos. Falando da parte administrativa também, acho que essa parte de divulgação tem que ser expandida para o Triedro e para a Copiadora também, que são duas empresas que têm um potencial muito grande.
Você participou da gestão do Grêmio Politécnico de 2024 pela Chapa Revoada, que já estava em seu quinto ano de gestão. Qual foi a motivação para a criação da Chapa Elos, e como ela se distancia da Chapa Revoada?
Acho que essa pergunta se conecta bastante com a pergunta interior, no sentido da criação dessa nova chapa vir de uma vontade interna de fazer um Grêmio diferente; de fazer uma nova gestão que tenha mais transparência interna, que tenha transparência com as outras entidades, que estabeleça um diálogo melhor com as outras entidades dentro da Poli; com os CA’s, com a Atlética, com as extensões, com os grupos culturais, com os coletivos e com os alunos como um todo, ser um Grêmio mais aberto, nesse sentido, então acho que vem desse ideal. Tem também uma questão de fazer uma parte financeira, uma parte administrativa no sentido de crescimento e reestruturação, para que o Grêmio possa se reestabelecer e seguir realizando as atividades dele nas outras áreas. Acho que vem dessas vontades de mudança que surgiram ali internamente, também do contato com pessoas que vieram de fora para compor essa chapa: temos gente que veio de centrinho, ingressantes e também o pessoal que já acompanhava o trabalho do Grêmio e via que podia melhorar, que tinha que trocar o modelo. Então também, nesse sentido, a gente enxerga que o modelo de gestão tem que ser mudado, com novas ideias, até mesmo na estruturação da gestão; então tem todo esse nosso projeto de continuar a divisão de diretoria nas áreas e dentro de cada diretoria dividir os encargos em coordenações. A gente vai continuar tendo um diretor ou mais por área, que são os responsáveis máximos, mas a gente vai ter uma divisão interna de cada área em coordenações. Aí essas coordenações podem ou não ter um coordenador, que seria a pessoa designada para cumprir aquele fim específico. Se não tiver um coordenador, e, em todo caso, a responsabilidade do cumprimento das funções da área recai sempre sobre o diretor ou diretora. E além disso ter também nessa estrutura a possibilidade de abertura à Poli como um todo; então dentro de cada coordenação se formar uma equipe de colaboradores, então se expandir a ideia de projetos abertos como já tem hoje do Jornal, da SAPO, pra outras áreas também. Fazer, por exemplo, da SDI um projeto também aberto, um projeto que conte com a participação ampla de quem quiser contribuir mesmo. Fazer de outras áreas do Grêmio, até de certas partes da área administrativa também, ter essa equipe aberta, e, além dessa estrutura, ter reuniões abertas do Grêmio, promovidas para ser um momento de troca, da gente dizer como tá indo, o que a gente tem feito, quais são os próximos passos, e também de ouvir da comunidade politécnica como um todo sugestões, críticas, comentários, atualizações, enfim. Então, promover esse tipo de diálogo com a Poli como um todo. Acho que também, até comentar uma mudança de postura da gente perante o Grêmio de saber no lugar que a gente tá indo, de saber as dificuldades que a gente vai ter, mas enfrentar isso com otimismo, no sentido de saber o que a gente vai enfrentar e ver nisso um horizonte de reestruturação da entidade, de ver nisso um horizonte em que a gente possa começar um trabalho de restabelecimento financeiro, da imagem da entidade e do diálogo da entidade com a Poli como um todo. Claro que a gente sabe que a gente não vai conseguir fazer tudo nesse um ano, a gente sabe que a gente tem limitações, mas a gente tá disposto a realmente se esforçar e a cumprir o que a gente propõe nesse sentido. Aproveitar também a realização ano que vem do congresso dos estudantes da Poli, que é um congresso que acontece a cada dois anos; ele é promovido pelo Grêmio, em conjunto com o Diretório, e ele tem como objetivo – através de reuniões, grupos de trabalho, plenárias abertas – de levantar pautas e diretrizes importantes pro movimento estudantil da Poli nos próximos dois anos, e a gente também vê o congresso como uma oportunidade de mobilizar o pessoal, o corpo discente em torno de demandas de mais curto prazo, demandas mais objetivas. Tem algumas que a gente quer levar pro congresso, muito importantes, na nossa opinião, por exemplo a questão das cotas trans, que é um dos grandes temas atuais do movimento estudantil. Também a questão dos espaços, de acesso aos espaços, de ir atrás de promover algum espaço de acesso 24 horas para estudos na Poli, como a gente tem lá no IME. A questão também de acessibilidade aos espaços da Poli, de acessibilidade à Poli como um todo, pensando em pessoas neurodivergentes. Então, são algumas pautas que a gente vai sugerir para serem levadas ao congresso, e haver um levantamento dessas pautas, uma divulgação, um trabalho de conscientização, de diálogo, de coletar essas pautas das pessoas, por meio de reuniões abertas, de GT’s, e depois do período do congresso tem uma assembleia para redigir as pautas que vão ser votadas, que vão ser levadas a plebiscito, e aí aproveitar a ocasião do plebiscito também com a ocasião de panfletagem, que o plebiscito é uma situação de gerar engajamento em torno de algumas pautas e deixar a Poli ciente de várias coisas que tão rolando e dos debates que tão acontecendo internamente na Poli e a nível USP. Então aproveitar essa ocasião do congresso também olhando isso não como um encargo a ser cumprido, mas uma oportunidade de mobilizar os estudantes em torno de pautas muito importantes pro movimento estudantil, e pautas que são tanto a longo prazo quanto a curto prazo.
Qual foi o maior desafio que você enfrentou durante a sua participação no Grêmio?
Meu maior desafio eu acho que foi na parte do Jornal mesmo, de conseguir engajar pessoal principalmente no começo do ano para participar das reuniões. Foi um trabalho de divulgação, mesmo, que a gente teve, e eu acho que surtiu efeito, porque teve momentos que a gente teve reuniões com bastante gente, o que foi muito positivo; a gente recebeu bastante texto, tanto do pessoal que tava participando das reuniões quanto de textos enviados online. Então acho que surtiu efeito, esse trabalho de divulgação, mas acho que foi um desafio, nesse sentido, a divulgação do Jornal, e o bom resultado deu um horizonte de que é possível realizar esses trabalhos de projetos abertos. E, claro, acho que um outro grande desafio, que foi um desafio que eu me propus, foi a questão da exposição de 80 anos do Jornal, que foi uma das atividades que eu mais gostei de ter feito; foi extremamente recompensador ver o resultado, a exposição que aconteceu lá no Memorial da América Latina, na Biblioteca Latino-Americana. Isso surgiu de uma ideia, assim, de realmente, bom, o Jornal tá completando 80 anos, a gente tem que fazer alguma coisa, seria bacana a gente fazer alguma coisa. Conseguir ir atrás, conseguir ter o espaço lá na Biblioteca – a gente fez uma abertura que foi muito bacana, que contou com pessoas que agregaram muito ao debate, então ter organizado isso e ver as pessoas que foram, com feedbacks muito positivos, foi um grande desafio. Eu investi bastante tempo nisso, mas foi extremamente recompensador, vendo concretizada toda a potencialidade que o Grêmio e que o Jornal tem, de mobilizar pessoas, de fazer coisas grandes. Foi um grande desafio, mas foi um desafio que eu acho que foi bem cumprido nesse sentido e que mostrou pra mim todo o horizonte de possibilidades que a gente tem num eventual próximo ano no Grêmio também.
E qual você imagina que será o maior desafio para essa nova gestão?
Acho que a gente vai enfrentar alguns desafios: tem sempre o desafio financeiro da entidade. O Grêmio conta com diversos funcionários, do Poliglota, do Triedro, da Copiadora; funcionários administrativos também. Manejar essas empresas e fazer com que elas cresçam e sejam mais eficientes vai ser um dos desafios; pra isso a gente conta sempre também com um trabalho colaborativo em conjunto com os funcionários. Acho que isso é um desafio, até tendo em vista a situação frágil do Grêmio financeiramente. Um outro desafio muito importante acho que é justamente esse contato com as outras entidades, esse contato com os estudantes, desconstruir uma imagem de um Grêmio muito formalista e fechado e passar uma imagem de um Grêmio mais acolhedor e aberto, e fazer com que isso se cumpra na prática, acho que isso também vai muito de um bom diálogo com as entidades representativas ali dentro da Poli também, com os outros CA’s, com a Atlética, com os coletivos, com as extensões, grupos culturais. E eu acho que isso é um grande desafio, de fazer valer o papel da entidade, que tem que ser de acolhimento também. Essas duas pautas se unem também no quesito de comunicação, em geral, no quesito de transparência, principalmente. Também há o desafio de engajar os estudantes pra participação na entidade. A gente sabe das limitações que a gente tem enquanto chapa, em número de pessoas, então conseguir abarcar mais pessoas dentro da construção do Grêmio, isso também vai ser um desafio. Temos também desafios mais pontuais inerentes a cada projeto que a gente se propôs a realizar, mas talvez esses desafios já citados sejam os mais importantes. Eu até acrescentaria também o restabelecimento da imagem da entidade enquanto participativa no movimento estudantil, enquanto entidade grande que represente os alunos da Poli e que também leve isso a esferas além Poli e além USP. Esses são grandes desafios que a gente vai ter, e eu vejo isso com muito otimismo, porque eu vejo um horizonte, e vejo essas pessoas que a gente tem junto na chapa muito engajadas e cientes desses desafios que a gente vai ter e desde já se comprometendo e elaborando como a gente vai cumprir cada um deles, então desde já tendo um contato com pessoas para serem coordenadores, para colaborarem em certas áreas da entidade. Acho que temos todos esses desafios, mas acho que a gente ter delineado todos esses eles é algo muito positivo, porque uma gestão que não reconhece os desafios que ela vai ter, uma gestão que não tem desafios a serem cumpridos é uma gestão que está fadada a se acomodar, que é a última coisa que a gente quer. Acho que a gente quer estar aberto inclusive às críticas – e que venham críticas, porque aí a gente consegue construir uma entidade que seja a síntese de vários pontos de vista ali dentro da Poli; uma entidade que trabalhe por meio do diálogo e das críticas e da construção conjunta.
Você participou do Grêmio neste ano de 2024 como Diretor de Comunicação, mas também como Diretor do Jornal. Quais são os principais projetos que a Chapa Elos tem para o Jornal?
Em termos de edições do Jornal, edições físicas, a gente se propõe a fazer seis edições físicas (duas a mais que o normal), eventualmente com um menor número de páginas, mas pra gente ter um trabalho um pouco mais contínuo e também vendo que por mais que a gente tenha produzido edições muito bacanas, às vezes edições com 16 páginas, talvez sejam edições muito densas. Então, promover mais edições ao longo do ano, numa frequência talvez bimestral, eu diria, mas com um menor número de páginas. Outro projeto muito importante é seguir com essa preocupação com o acervo do Jornal – então, realizar eventualmente alguma exposição do acervo ano que vem -, ir atrás do contato com pessoas que já participaram do Jornal, ir atrás de recuperar certas edições que a gente por acaso não tenha no acervo do Grêmio e aos poucos ir reconstruindo e redesenhando a história do Jornal ao longo desses 80 anos. Concretizar nesse sentido os projetos de reescrita da história tanto pelo site do jornal quanto por uma Wikipédia do Jornal; é muito importante a gente ter essa informação a nível público, então, isso vai também da digitalização das edições que a gente já tem no Grêmio e disponibilização no site. Outro projeto importante, além de maior frequência de postagem no Instagram do Jornal, eventualmente também postagem na modalidade dos reels – que a gente viu que deu bastante certo na época da exposição, que a gente fez vários reels com o pessoal que já participou do Jornal -, eu acho que também tem um projeto muito interessante do Jornal se aproximar de outros jornais estudantis que acontecem dentro da USP – manter um contato com esses jornais, inclusive formar um conselho nesse sentido: um grupo de WhatsApp que tem eventuais reuniões entre o pessoal que tá tocando esses jornais que acontecem dentro da USP -, inclusive os que acontecem dentro da Poli também. Destacadamente, O Condutor, do CEE, o Jornal do Campus, O Visconde, do CAVC, o Bisturi, da Medicina, o Jornal do CM (Ciências Moleculares); então, ter um intercâmbio com esses outros jornais estudantis, tanto pra todos estarmos a par das pautas, mas como auxílio mútuo na construção desses jornais: eventualmente também na possibilidade de reestruturação de alguns dos jornais de outros centros acadêmicos da Poli, que sempre tiveram jornais muito vocais – o próprio “Cê-Viu?”, do CEC, o “CAEA boa?”, do CAEA, O Corvo, do CAM, o Dois Martelos, do CMR, a revista VOX, da Atlética e por aí vai. Então, assim, também estar disposto e auxiliar na reestruturação desses jornais, seja na divulgação apenas online ou mesmo exemplares físicos. Ter essa colaboração, esse auxílio, tanto em questões técnicas como políticas é um projeto que eu acho muito importante de ser levado pra frente. Esses são alguns planos que a gente tem pro Jornal ano que vem. Mas acho que vai tudo com um viés também de levar em conta que o Jornal não deve mais cumprir um papel simplesmente informativo, porque qualquer um acessa por exemplo o Instagram e já é rodeado de informação. Então o papel principal do Jornal deve ser um papel de discussão, tanto de coisas que acontecem a nível Poli como a nível nacional e internacional. Quanto ao papel de discussão, de expressão, de sátira, de expressão artística e literária; tivemos bastante disso nesse ano, é importante que tudo isso seja mantido. A literatura, a arte como um todo, tanto em desenho, pinturas, em charges, em crônicas, poemas, contos, peças, dramas – acho que isso é tudo muito importante, porque são meios de expressão do público ali da Poli: tanto crítica e política quanto individual.
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