Dois anos e cinco dias depois. Daqui lhes escrevo do passado, sem saber o que o futuro nos promete.
Aos que estão aí há pelo menos dois anos, meus pessoais votos de boa sorte e boas aulas. E, aos recém-chegados que nunca respiraram os ares da Poli, meus votos de boas-vindas. Vocês são alguns de muitos a embarcar nesse navio em debuto, se perguntando quão altas serão as ondas.
Para quem, pela primeira vez, irá contemplar o Relógio — seja no caminho do ônibus ou pelo Google Maps, procurando onde fica essa tal Praça do Relógio —, esse espaço agora é seu. E será o que você decidir fazer dele.
Por muito já passamos nos altos e baixos dessa pandemia, mas quero falar do que é mais importante, do que ainda está por vir, e deixar aqui um conselho: aproveite.
Virão grandes experiências, oportunidades de conhecer a Poli e de ir além dela, coisa que você muito ouviu e ouvirá essa semana. Extensão, pesquisa, esportes, e outras coisas mais.
Porém, antes que tudo isso se torne o seu dia a dia; antes que a fila do bandejão se torne maçante; antes que Cálculo I deixe de ser algo que te deixe nervoso da cabeça aos pés; antes que você decore qual é a linha de ônibus certa; antes da Poli deixar de ser sua grande aventura: aproveite.
Antes que entrar em uma sala (virtual ou não) não lhe dê mais frio nas entranhas, mergulhe de cabeça. A poesia de uma caminhada sob as árvores da USP dura muito menos do que o seu tempo aqui.
Samira Paulino Dos Santos,
Engenharia de Materiais, 3º ano
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