O Politécnico Ouviu: “Causos da Cadopô – Ep. 6 ‘Cadopolitrem'”

Sem dúvidas, o episódio mais divertido até então. O “Ep. 6 – Cadopolitrem”, do Causos da Cadopô, é o primeiro a ser tão longo que foi dividido em duas partes. Ainda assim, é o episódio que passa mais rápido. Você se envolve com a cena, que retoma o contexto do último episódio, quando o professor levava a aluna do Grêmio para a Cadopô. Ele resolve contar a história de uma viagem dos cadopolitanos para a Bahia, de trem, na época.

Essa viagem começa em São Paulo, chega até Monte Azul e segue para Salvador. Segundo minha pesquisa, a linha Salvador – Monte Azul tomava 34 horas de viagem, e pelo que foi contado no episódio, a viagem ao todo levou uns 5 dias. Como era de se esperar, reunindo jovens, não tem lugar sem nada pra fazer e a viagem vira cantoria, cachaça e festa no trem. Trem qualquer? Não, o Cadopolitrem! É a partir desse momento que temos o motivo da primeira frase desse texto: o trabalho do GTP em gravar as músicas sendo cantadas, mostrar a animação, principalmente na 1ª parte do episódio, é totalmente entusiasmante. A partir do terceiro “Chora bananeira” eu já engatava um “bananeira chora!” junto com os cadopolitanos.

O espírito de equipe dos moradores da Casa é evidenciado não só pela integração que eles mostram em todas as cenas, pela festa que eles instauram no trem, mas também pela compaixão que demonstram com uma passageira, a dona Escolástica, quando deixam comida para ela e sua filha, que chorava por fome. Pouco depois, o trem para em Monte Azul e vamos para a 2ª parte.

Nessa parte eu me perdi um pouco, confesso que achei alguns momentos confusos, provavelmente porque os personagens estão andando por aí, algo não tão comum no Causos. Até esse episódio, se alguém citasse aliens e Minas Gerais, pensaria no ET de Varginha, mas agora sou do time do marciano japonês de Monte Azul! Durante esse trecho, temos uma Minas muito bem representada, não só nos trejeitos, mas também nos costumes do pessoal de lá, que se espanta com os “meninos paulistas”.

Após o baile do qual os cadopolitanos participam, eles embarcam no trem e vão para Salvador finalmente. É mais cachaça e festa, como era de se esperar, mas não avançamos muito, porque o professor Friedmann chega na Cadopô e para de contar a história! Então encerramos no mesmo ponto do fim do último episódio, com Seu Janô já irritado com a notícia de que teria que sair do prédio. No geral, é um episódio excepcionalmente bom do Causos, elogio o Vittorio e toda a equipe pelo empenho nesse episódio e lanço uma súplica: após a pandemia, eu preciso do Causos adaptado ao teatro, pois é bom demais pra “só” ouvir. Chora bananeira/ Bananeira chora/ Chora bananeira, meu amor não vá-se embora/ Causos, não acaba/ Acaba procê ver!/ Se um dia acabar, eu ataco o GTP!

Arthur Belvel,
Engenharia Mecânica, 2º ano.

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