Por Matheus Gomes (Engenharia Civil, 4º ano)
O Natal Solidário é um dos eventos da Poli Social, feito com apoio do Societório, realizado desde a criação da instituição em 2015. O evento mudou bastante o modelo desde sua primeira edição, mas seu propósito continua o mesmo: trazer a esperança para crianças nessa época natalina através de um dia de brincadeiras com a entrega de presentes pelo Papai Noel ao final.
Neste ano conseguimos pela primeira vez realizar o Natal Solidário na Poli. Tivemos como sempre o apoio de diversas entidades como o CEC, CEE, CAM, AEQ, CAEA, CAEP, CMR, Grêmio, Atlética para nos ajudar com a realização das atividades, organização da infraestrutura, etc. Ao chegarem na USP, as crianças foram apresentadas aos seus “Tios” – nome que damos ao voluntário que acompanhará aquela criança ao longo do dia. Após o café da manhã, iniciamos as brincadeiras, as quais incluíam pique-bandeira, queimada, oficina de cartões de Natal, etc. Todas ficaram muito entretidas com as brincadeiras, mas uma coisa inesperada que prendeu a atenção delas foram as carpas e tartarugas da civil. Em vários momentos era possível ver um grupo de crianças agachadas em silêncio perto do lago para vê-las mais de perto.
Na hora do almoço tivemos a chance de levá-las para comer no bandejão. Elas aproveitaram esse tempo paradas para entrevistar os “tios”. Independente da mesa que estavam, as perguntas eram muito similares: “Onde você mora?”, “Demora muito pra chegar aqui?”, “O que você faz?”, “Mas você gosta?”, “Quantos anos você tem?”. E as perguntas vinham uma atrás da outra, sem perder tempo.
Voltando do almoço era hora do Papai Noel, o qual elas não estavam esperando encontrar. A chegada do Papai Noel foi algo surpreendente, para as crianças ele é uma personalidade muito real. Uma figura não só respeitável, mas mágica. Essa interação é algo encantador, pois, como adultos, já faz certo tempo que não temos esse olhar fantástico para a nossa realidade.
Ao final do evento, após as crianças embarcarem e nos despedirmos delas, nosso Papai Noel pediu a palavra para falar com os presentes. E, apesar de ele não estar mais no seu papel de Papai Noel, o que ele disse não poderia combinar de forma melhor com o seu traje natalino: “Só por que não conseguimos ver, não quer dizer que não existe. O pouco que fazemos é muito mais do que alguns esperariam receber”.
A verdade é que muitos se voluntariam para o Natal Solidário pensando em fazer algo pelas crianças nesse dia, mas quase ninguém imagina o que as crianças fazem pela gente. O carinho e a admiração que elas desenvolvem pelos seus “tios” voluntários em tão pouco tempo é algo que só alguém presente pode conseguir explicar a sensação. Nós tentamos trazer a esperança para elas nesse dia, mas igualmente saímos com a esperança de termos tido um impacto positivo na vida daquela criança e que ela continue se lembrando de nós e desse dia por muito tempo.
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