CAPS e a Festa Junina da Poli 2016

A Poli já teve festa junina

Não sei se o correto seria “já teve” ou “ainda tem” já que todos os anos surge a discussão se a festa será ou não organizada, porém o fato é: desde 2016, não temos uma Festa Junina da Poli. Um evento tradicional que sempre marcava presença no calendário de festas e era sinônimo de integração do diretório.
 
Na sua época, a ‘junina’ contava com a participação de todas as entidades do diretório acadêmico. Em 2016, os então 8 centros acadêmicos, em conjunto com o Grêmio Politécnico e a AAAP, se dividiram para preparar barracas temáticas, jogos típicos, além de toda a infraestrutura necessária para uma festa de grande porte, tudo de forma colaborativa. Eram preparadas comidas como doces, pipoca e churrasco, diversas bebidas e brincadeiras típicas como pescaria e roleta, que no universo Poli viraram, respectivamente, PETROpesca e NAVALeta.
 
Anteriormente a 2016, a festa costumava ser organizada no estacionamento da Poli, porém com a proibição das festas na USP, a última edição ocorreu na Urban Stage, um galpão de eventos externo.
 
Dentre todas as características que faziam a festa junina da Poli única, a mais evidente, sem dúvida, era o fato dela acontecer em agosto. Isto porque, apesar de ser junina, ela também era politécnica e em junho a Poli tem uma de suas famosas semanas de provas, além de outras eventos tradicionais. Desta forma, para não deixar de comemorar o São João e, tampouco, ir mal nas provas, os alunos organizavam sua festa com alguns meses de atraso.
 
Por fazer tanto tempo que não acontece, o evento caiu no imaginário dos alunos. Os quintanistas ou mais velhos, que tiveram a chance de ir, tem suas lembranças da festa, os demais cabem apenas pensar: “talvez seria uma boa ideia fazer uma festa junina da poli”.
 
A primeira e última vez do CAPS
 
Sem uma perspectiva exata de quando (e se) voltará a ser realizada, a festa junina vai deixando saudade. Entretanto, de todos os organizadores da junina de 2016, talvez o CAPS seja aquele que mais guarda recordações do evento.
 
Antes do curso de Engenharia de Petróleo ir para Santos em 2012, os alunos do curso eram representados pelo CMR, todavia com a mudança de cidade estes sentiam uma necessidade de uma representação mais forte e presente em seus cotidianos, e assim, naturalmente, nasceu o CAPS (Centro Acadêmico da Poli-Santos) em 2015.
 
Um ano após a sua formação, o CAPS manifestou sua intenção de participar do diretório por meio da apresentação de um ofício, que foi prontamente aceito. Agora, oficialmente, parte do Diretório da Poli, o CAPS foi incluído em eventos realizados por este, como a festa junina.
 
Foi a primeira festa em que o centrinho de Santos organizava junto com outras instituições com mais experiências e mais bem consolidadas. Foi uma oportunidade do CAPS demonstrar a sua afirmação perante o diretório e de se envolver na organização em um evento tão tradicional.
 
Segundo Eriky Kunitate, gestão do CAPS em 2016, a inexperiência foi contornada com cautela por parte da gestão e com apoio das outras entidades do Diretório. A escolha de servir pipoca, por exemplo, foi estratégica, pois era um alimento com um público certo e de baixo custo. Algumas entidades do Diretório também ajudaram financeiramente o CAPS com empréstimos para possibilitar a entrada da entidade na festa.
 
Apesar de não possuírem tanta experiência em festas daquele porte o resultado foi positivo para a entidade, que conseguiu certo lucro com o evento. Todavia, a festa proporcionou fortes emoções a gestão do centrinho de Santos. Matheus Spedaletti, também gestão em 2016, disse que a equipe já tinha toda a infraestrutura para preparar a comida no local, entretanto, tudo precisou ser repensado em dois dias devido a regras que proibiam a utilização de botijão de gás no local. A solução? Fazer tudo com micro-ondas!
 
Matheus também se recorda da quantidade absurda de pipoca que foi feita perto das três da manhã, “a comida das outras barracas acabou e só a gente que ainda estava vendendo, tivemos que correr para atender toda aquela gente”. O resultado foi que devido ao uso prolongado e intensivo, eles acabaram queimando dois micro-ondas. Apesar disso, o sentimento que ficou foi de uma festa animada e de gratificação pelo esforço de organizar a primeira festa do CAPS com o diretório.
 
Eriky e Matheus também lembram de momentos horas antes da festa começar, apesar de já terem terminado a decoração da própria barraca, o pessoal de Santos ajudou no transporte, de última hora, dos enfeites de outros centrinhos, para ressaltar o clima de colaboração. Nem a chuva nos primeiros instantes da festa desanimou toda a organização, que guarda até hoje boas lembranças do evento.
Por que a festa deixou de ser organizada
Não existe um motivo específico ou uma pessoa que decidiu que não haveria mais junina. Na verdade, muitas vezes aparecem alunos que tentam animar uma nova organização. Porém, por ter atualmente 11 membros, o Diretório Acadêmico já possui um calendário de festas bastante cheio e desta forma, as melhores datas já são bastante concorridas.
 
Além disso, existem alguns desafios a mais na estruturação dessa festa, como, organizar todas as entidades acadêmicas, adicionar a infraestrutura das barracas e criar a decoração junina. Com tudo isso, a margem de lucro começa a cair e para finalizar, o montante ganho ainda precisa ser dividido em 11. Apesar disso, as recordações que ficam são de um evento animado e de esperança para, quem sabe, a festa volte a ser feita um dia.
 
Carlos Henrique Campos,
Engenharia Química, 5°ano
 
Roberto Araújo,
Engenharia Civil, 3°ano

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