Acabados os períodos de interação de matrícula e de requerimento pensávamos que enfim poderíamos ficar mais tranquilos e que tudo estava de certa forma encaminhado para o início do segundo semestre. Grande ilusão a nossa. Quinta-feira à noite o IF decide mudar o horário das aulas de uma das turmas de Física ll, passando de quarta-feira para sexta-feira. A justificativa é que desde o começo o horário estava errado no Júpiter e estavam apenas arrumando.
Nesse texto não vou entrar no mérito do que aconteceu ou deixou de acontecer em relação a essa situação, mas acho que ela resume muito bem o que é fazer parte do acadêmico das entidades: você enfim pensa que está tranquilo, vem a equipe de alguma disciplina e joga uma bomba. Sim, eu sei que esse é um trabalho voluntário e que nos dispusemos a fazer isso, mas muitas vezes lidar com essas questões pode ser muito difícil.
Essas situações são sempre urgentes e demandam paciência e empenho em dias que você não escolhe: você pode ter tido um dia magnífico e isso acontecer, ou um dia péssimo e surge isso para resolver também. Nesse contexto é que também se faz essencial reconhecer o trabalho em grupo envolvido nisso, em que temos que dividir o trabalho e tentar manter o outro incentivado também.
Lidamos com as equipes de professores e com a frustração dos alunos quando o que julgamos ser o melhor para nós não ocorre e então precisamos ponderar uma discussão entre o que é levantado pelos alunos e, do outro lado, pelos professores. Mas aqui também quero deixar claro o que muitas vezes está por trás na nossa rotina e dá significado, sob a minha perspectiva, ao que fazemos: conseguir, mesmo que seja de forma pontual, ajudar a vida acadêmica de alguém da Poli.
Não é nenhuma novidade que a nossa Escola exige muita dedicação e comprometimento em relação aos estudos e que isso — na maioria das vezes — acaba se tornando estressante. Aí que está o que julgo ser um ponto comum entre os “academigos”: pensar que estamos ao menos tentando levantar todos os problemas, dialogando com as equipes e, assim, podendo tentar que a vida acadêmica dos estudantes seja um pouco mais coerente. No fim, é uma grande responsabilidade tocar essas situações, mas atribui um significado muito especial à vida universitária — e acadêmica — de quem teve a feliz chance de poder representar os alunos.
Beatriz Bicudo – Representante Discente da Comissão do Ciclo Básico
Engenharia Elétrica, 2° ano
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