A prova de Mecânica A (PME3100) estava planejada para o dia 06/10/2020, com início às 10:00 e término às 12:20 (foram inclusos 20 minutos para problemas de escaneamento e internet). Atitude notável, eu poderia dizer, mas aí este texto que lhes escrevo não teria sentido.
Vou analisar as três partes que menciono no título: o “começo”, o “meio” e o “fim” da prova.
“O começo”: A prova, marcada para às 10:00, sofreu o primeiro golpe, no qual o e Disciplinas não foi capaz de suportar o acesso simultâneo dos mais de 900 calouros da Poli 2020, o que provocou um atraso no início da prova, sem horário corretamente definido, refletindo a falta de planejamento do departamento de PME, que não se atentou à possibilidade de queda do site, e não escalonou as entradas dos alunos (tal qual fizeram Física I e Álgebra Linear I). Enquanto o site não era capaz de suportar todos aqueles acessos simultâneos e a chuva de F5 e afins, os grupos de WhatsApp da disciplina e das turmas possuíam um sentimento coletivo de que a prova não seria possível de ser concluída no tempo predeterminado, e que muitos atrasos ocorreriam nas entregas. De fato. A prova começou com 15 a 20 minutos de atraso, tempo que também foi compensado pelos professores. No entanto, o pior estaria por vir.
“O meio”: A P1 estava estruturada no seguinte formato: uma questão dissertativa, de valor 5,0 e duas questões de preenchimento numérico, pela própria plataforma do Moodle (sim, a mesma que caíra mesmo antes da prova). Você, nesse momento, pensa “E se o site cair novamente?”; e eu te respondo: exatamente. Durante a realização dessa prova, me planejei em entregar as questões de preenchimento primeiro, pois imaginei que seriam de menor dificuldade. Sem entrar no mérito das questões, pois há todo tipo de opinião quanto a isso, resolvi as questões e preenchi os campos que me foram dados. Eis que entra a sua pergunta, caro leitor: o site caiu novamente e, com ele, a mensagem padrão de que eu deveria salvar as respostas que o salvamento automático preservaria minhas respostas. De fato, foi isso o que fiz. Porém, ao atualizar a página quando o Moodle teria, em teoria, voltado, minha surpresa e minha irritação: minha tentativa havia sido finalizada, sem eu ter a menor certeza do que foi salvo ou não.
Ciente disso, o professor de minha turma (o qual não citarei o nome) abriu uma nova possibilidade de tentativa para as questões; mas naquela hora, eu já imaginava o que estava por vir. Pois bem, reabri as questões, e os valores do enunciado haviam mudado, não por culpa do professor, mas pelo embaralhamento automático do eDisciplinas. Porém, naquele ponto, já haviam passado mais de 45 minutos do “começo” da prova que foram mais ou menos perdidos. Mais perdidos pela necessidade de refazer todos os produtos vetoriais do célebre (rs) Triedro de Frenet e menos perdidos pela necessidade de apenas trocar os números nas contas literais, o que ainda assim significa uma boa perda de tempo, sem contar no processo de refazer também a outra questão online.
“O fim”: Refeitas as questões 2 e 3, faltava a questão dissertativa que valia 5 pontos, que deveria ser entregue em PDF legível e todas aquelas burocracias que vocês já conhecem. Eu, já no meio da incerteza se conseguiria entregar a tempo, tentei fazer a questão de maneira a conseguir o máximo de pontos possível. Mas foi aquela correria de tentar fazer algo legível e escanear decentemente logo depois. Infelizmente, quando acabei a questão, o tempo havia terminado; não vou culpar totalmente o professor, o departamento, nem a mim ou a prova: todos tem sua parcela de culpa. Já sabíamos de antemão que a prova não seria fácil, que o site poderia cair, etc etc. Mas ainda assim, são situações chatas que atrapalham a realização de algo que funciona para nos avaliar e deixa a nós alunos desconfortáveis por conta da possibilidade de isso acontecer novamente na P2 ou em outra disciplina. Fica, portanto, um lembrete para as próximas provas, que podem ser prejudicadas por coisas do tipo, e eu espero compreensão por parte dos professores da disciplina ao corrigir ou receber as respostas.
Concluo dizendo que a prova teve começo indefinido, meio indefinido e fim um tanto quanto rígido, pois muitos alunos precisaram enviar a questão dissertativa por e-mail, por conta do fechamento da aba de entrega e possível intransigência do professor. Agora cabe a cada professor aceitar ou não, o que provavelmente divide as opiniões de quem envia ou recebe e de quem lê esse texto. Mas, querendo ou não, são 5,0 pontos em jogo, ou seja, a menos que as questões online tenham sido perfeitas (o que é difícil, dado o contexto de erros do site), a nota já fica abaixo de 5, dificultando o 5 bola, o 7 bola, o n bola e etc., ainda mais pela incerteza de como será a próxima prova.
Adendo: para embasar meu texto, eu conversei com colegas de turma que tiveram os mesmos problemas de refazer as questões online e consequentemente perder tempo com a dissertativa, além do atraso no começo.
Anônimo
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